sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Algumas coisas que mudaram na minha cabeça sobre assuntos delicados...

Lendo um livro que comprei a algum tempo intitulado "Mentes perigosas" me deparei pensando sobre algumas opiniões antigas que possuo (ou possuia, não tenho muita certeza).
Bem, o livro faz um retrato de como um Psicopata (termo usado pelo livro, que não esta errado, mas eu odeio), contando histórias e fazendo comentarios muito infelizes sobre eles. O que eu não gostei no livro não é exatamente o que ele fala, mas sim idéias implicitas que ele traz.
Bom, mas acredito que devo, primeiramente fazer um panorama um pouco mais geral sobre isso.
Bem para quem não sabe (ou não assistiu a ultima novela das 8) os anti-sociais (termo usado pelo DSM IV, que é o manual diagnostico mais usado atualmente para transtornos psiquicos) são individuos que possuem um transtorno de personalidade que se caracteriza por não respeitarem os outros (falta de empatia) e fazer tudo para conseguir o que querem, em casos mais serios podem ser assassinos, estupradores...(ironia mode on) bem tudo de bom em outras palavras(ironia mode off).
Bom então vem o complicado, como todod transtorno de personalidade, ele é cronico, ou seja, ele sempre estará lá, mesmo havendo tratamento para esse transtorno, ele bate em dois problemas serios: 1º que o tratamento não é muito eficaz; 2º o sujeito com esse transtorno não vê o porque mudar, afinal para ele esta tudo bem.
E você pode ter certeza que a coisa não para por ai, pois o grande problema esta que essa pessoa não tem o que poderiamos chamar de "consciência", ela não consegue distinguir entre o "certo e o errado" porque ele não consegue se colocar no lugar do outro (por exemplo, ele poderia te biliscar e você dizer "ai, doeu" e ele "não doeu não, eu não senti").
Agora vem a questão complicada, se não há tratamento, e eles são tão perigosos, o que fazer com eles? Afinal eles são seres inteligentes e ardilosos e tudo mais, e podem ter certeza que as penitenciarias estão cheias deles (mesmo que, a maioria dos presos não são exatamente anti sociais, os grandões é que normalmente são).

Ai que está o grande problema, pois eu sempre fui a favor da pena de morte, mas não posso negar que, de certa forma, eles são pessoas doentes, então enquanto lia o livro, fiquei refletindo sobre essa minha antiga opinião e fiquei pensando se não estava na hora de reve-la, e sinceramente fiquei muito na duvida, sem saber o que pensar, pois afinal de contas é inegavel que essas pessoas (mesmo tendo uma predisposição genetica) são frutos do nosso sistema social egoista e que visa apenas o prazer próprio, somos frutos da nossa própria época (e de nossos próprios pecados), assim como eles também são...

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